A maravilha Que é amar assim Depois do anoitecer Amar a cria Queria ser assim bem novo Até morer Amar a flora Fora, vida fora Fora do que é remexer E ver que um dia É dia Do que se quiser apetecer Um canto falso Enquanto no encalço Do reverter Enquanto eu alço Sem percalço calço P'ra não descer E se descalço Não me apanham nunca Ainda cá estou p'ra ver Só perco o aço Se me maço muito A esclarecer Chega-te p'ra lá! Não te agarres a mim como lapa Lá por ser rocha no temporal Vê se tomas nota Que não sou caso perdido nem achado Lá no teu quintal Chega-te p'ra lá! Não te agarres a mim como lapa Lá por ser rocha no temporal Vê se tomas nota Que não sou caso perdido nem achado Rima, rima Que quanto mais rima Mais se lhe arrima E quem por fim rima Há quem diga que rima por cima E bem melhor Vai-se o caso Fica o acaso E fica raso o bebedor E quanto mais raso fica Mais se esforça O espremedor Chega-te p'ra lá! Não te agarres a mim como lapa Lá por ser rocha no temporal Vê se tomas nota Que não sou caso perdido nem achado Lá no teu quintal Chega-te p'ra lá! Não te agarres a mim como lapa Lá por ser rocha no temporal Vê se tomas nota Que não sou caso perdido nem achado Veste a camisola mais garrida E a saia Que tiver mais cor Sai p'rá rua E não te rales se pareceres Um expositor O que é bom é p'ra se ver Mas só por quem for Apreciador Mas porque é que o verão nunca mais chega P'ra apanharmos Sol No pensador Chega-te p'ra lá! Não te agarres a mim como lapa Lá por ser rocha no temporal Vê se tomas nota Que não sou caso perdido nem achado Lá no teu quintal Chega-te p'ra lá! Não te agarres a mim como lapa Lá por ser rocha no temporal Vê se tomas nota Que não sou caso perdido nem achado