Vou dar uma volta com o meu versinho ao lado este formigueiro, este estar muito inquieto que está cá bem dentro mas insiste em ser assim Vou levar a rima p'ra junto do teu jardim Desfiando a rima em azul papel selado mas um verso curto, seja branco ou rimado não fica mal de todo e sempre vale a pena Vou dar uma volta com o meu versinho ao lado Quantas voltas forem eu hei-de ir a nado enredado em ondas que me levem mais além Se a prosa esmorece o encontro marcado Senta-te no tempo que a maré vai e vem Encharquei a íris por me sentir rejeitado O sol do meio dia entrou por dentro de mim cantou a cigarra o seu canto descuidado serão muitas voltas até tu dizeres que sim A sorte mofina passou por mim sorrateira lançou-me um olho torto muito enviesado contra amores trocados contra o mau olhado trago o meu versinho mesmo aqui à minha beira Gastei muito tempo p'ra escrever-te em verso deitei mil feitiços à fachada do correio senti no ouvido, uma mosca na fruteira seriam moinhos ou rumores de Dulcineia