As docas estão mais cheias A ponte ainda lá está Procuro entre as ideias Indo de bar em bar Andando calmamente Como quem já não te tem Entrei na confusão Senti que não sou ninguem Os sonhos são mais longos Do que as tardes de Verão Por momentos senti Que procurei em vão O homem que eu sou Não pára de pensar O homem que eu sou Não pode falhar Porque na vida há ir e não voltar Em volta da cidade Uma vontade enorme de surgir Pergunto a toda a gente Se vale a pena resistir Do outro lado da margem Ouço um pequeno assobio Alguem me tenta abraçar E eu de costas para o rio.