De que noite demorada Ou de que breve manhã Vieste tu, feiticeira De nuvens deslumbrada De que sonho feito mar Ou de que mar não sonhado Vieste tu, feiticeira Aninhar-te ao meu lado De que fogo renascido Ou de que lume apagado Vieste tu, feiticeira Segredar-me ao ouvido De que fontes de que águas De que chão de que horizonte De que neves de que fráguas De que sedes de que montes De que norte de que lida De que deserto de morte Vieste tu feiticeira Inundar-me de vida.