Hoje eu acordei mais cedo, tomei sozinho o chimarrão Procurei a noite na memória... procurei em vão Hoje eu acordei mais leve (nem li o jornal) Tudo deve estar suspenso... nada deve pesar Ainda era noite, esperei o dia amanhecer Como quem aquece a água sem deixar ferver Hoje eu acordei, agora eu sei viver no escuro Até que a chama se acenda Verde... quente... erva... ventre... dentro... entranhas Mate amargo noite adentro estrada estranha o melhor esconderijo a maior escuridão já não servem de abrigo já não dão proteção holofotes iluminam a libido e o vírus o poder, o pudor os lábios e o batom que a chuva caia como uma luva um dilúvio um delírio que a chuva traga alívio imediato ilex paraguarienses relax... agora, paciência