Parecendo o vento mais frio, na margem esquerda do rio, onde a saudade é só minha, Quem me dera, quem me dera, que chegasse a Primavera mas que viesse sozinha Queimando as horas do dia, desperdiçando a alegria, inventei outra afeição, uma história por contar, que adormece o meu olhar, numa ânsia de perdão Se a Primavera viesse e em segredo me dissesse que te perdes na cidade Voltaria por canoa cantar ao céu de Lisboa o fim da minha saudade.