Minh' alma, de sonhar-te, anda perdida Meus olhos andam cegos de te ver Não és sequer a razão do meu viver Pois que tu és já toda minha vida Não vejo nada assim enlouquecida... Passo no mundo, meu amor, a ler No misterioso livro do teu ser A mesma história, tantas vezes lida! "Tudo no mundo é frágil, tudo passa..." Quando me dizem isto, toda a graça Duma boca divina, fala em mim! E, olhos postos em ti, digo de rastros: "Ah! podem voar mundos, morrer astros, Que tu és como um deus: princípio e fim!... Eu já te falei de tudo, mas tudo isso é pouco, Diante do que sinto.