Acar no cais do porto na estiva, na estiva s vezes me sinto morto A alma morta, a carne viva Podiam me esquecer tudo igual, todo dia Disputas na estivagem Viver de amor, calor e briga Capo um bom selvagem Empurra o fardo com a barriga Podiam reconhecer Algum mais fraco sucumbia Mas eu aguento a carga do vapor Sou calejado, sou estivador As putas do porto partem Na convulso dos dias quentes Que voltem, que se fartem Com meu coraozinho ardente Podiam lembrar de mim Algum sincero lembraria Mas eu seguro a carga do vapor Sou calejado, sou estivador.