Nunca viram ninguém triste? Por que não me deixam em paz? As guerras são tão tristes E não tem nada demais Me deixem, bicho acuado Por um inimigo imaginário Correndo atrás dos carros Como um cachorro otário Me deixem, ataque equivocado Por um falso alarme Quebrando objetos inúteis Como quem leva uma topada Me deixem amolar e esmurrar A faca cega, cega da paixão E dar tiros a esmo e ferir O mesmo cego coração Não escondam suas crianças Nem chamem o síndico Nem chamem a polícia Nem chamem o hospício, não Eu não posso causar mal nenhum A não ser a mim mesmo A não ser a mim mesmo A não ser a mim