É o que pede o chão O meu sapato marrom Falso couro, sujo Também natural Quando há revoada sobre A ponta da testa passo Em debandada se apressa Tão loguinho No reboliço das horas De caráter novo tudo se perderá É no firmamento livre Que o tempo se escora, se escora É o que pede o chão O meu sapato marrom Falso couro, sujo Também natural Quando há revoada sobre A ponta da testa passo Em debandada se apressa Tão loguinho No revoar da miragem Toda juventude num movimento carnal Cruzará os olhos, bocas E toda vaidade, e toda vaidade A engrenagem do pulso Há estrabismo na terra Há de haver mais hoje em dia Pra falta que o ontem faz É o que pede o chão O meu sapato marrom Falso couro, sujo Também natural Quando há revoada sobre A ponta da testa passo Em debandada se apressa