A zero, a zero, a zero Vai o jogo começar Já se sente o desespero Precisamos de empatar Azeda, azeda, azeda A derrota é de amargar Zero a zero é labareda Não perdemos sem ganhar E zero a zero, grão a grão, de nada em nada Vai se erguendo a barricada Que há um zero a defender E são ferrolhos, tira-olhos, tira-teimas Correrias, saltos, queimas Quem mas dera perceber Há zero ao meio, zero ao lado, acima, abaixo Jogo branco, barbicacho Ziguezague, volta atrás Há um vazio revirando e regelando Passatempo, jogo brando Vezes zero tanto faz Há zero a zero, há sem a sem Com zero a zero vai tudo bem Há zero a zero, há sem a sem Com zero a zero, vai tudo bem Depois, depois, depois Vai dar muito que falar Nulidades ou heróis Todos têm que zelar A zero, a zero, a zero Há-de o jogo terminar P'ra dizer sem exagero: "Foi a zero, não há azar" A zero a zero, vou partir do ponto zero Já não espero e acelero Quem se queda também cai A zero à hora, vou de roda e recupero Quero dar a volta ao zero Para ver aonde vai Com dois acordes faço a zero apologia Muitos zeros é mania Zero a zero é pequenez Duas batatas são as lógicas baratas Dos empates, dos empatas Empatamos outra vez Há zero a zero, há sem a sem Com zero a zero vai tudo bem Há zero a zero, há sem a sem Com zero a zero, vai tudo bem Há zero a zero, há sem a sem Com zero a zero vai tudo bem Há zero a zero, há sem a sem Com zero a zero, vai tudo bem Há zero a zero, zero a zero Zero a zero, tudo bem Há zero a zero, zero a zero Zero a zero, tudo bem Há zero a zero, zero a zero Zero a zero, tudo bem Há zero a zero, zero a zero Zero a zero, tudo bem