Dedos amarelos Afinados em dó maior Cigarros de pontas breves Espalhados no auditório Luz que entra pelas alturas E conduz à histeria Olhos fixos à procura Do profeta da rebeldia Soutien preso à pele Entre os amigos gritando Corpo aberto à ternura Da música deste concerto Bem bebidos, de brilho nos olhos Avançaram sedentos Exigindo matar a fome Pelo preço de um bilhete Angústias ou ramos de flores (olá) Suando, sangrando, sei lá (olá) Oico palmas, uivos, risos brancos sinceros (olá) No caudal que se vai (olá) E o rio está seco (olá) O concerto no fim (olá) Regressemos à sobrevivência (olá) (Olá)