A gente nasce, A gente cresce A gente vive, A gente morre O tempo todo, o tempo todo Perto dela, Da solidão E é tão bonito Essa razão tão sem razão A gente leva a vida inteira para entender a vida Dia após dia, sem imaginar Se recusando a acreditar Que pra estar no paraíso Basta amar, basta amar E me dá vontade de cantar uma canção Tão suave Que os céus Possam se abrir sem nuvens nem rastro E que todas as mentiras pra derrotar Se transformem em pequenas incertezas Brilhando no seu olhar Não me faça pensar que vai ser tudo igual Pois você sabe muito mais do que ninguém Que eu fui o melhor, que eu fui o pior, e é isso aí E se eu tenho o seu amor, pra que pedir E se eu tenho o seu amor, pra que pedir Não quero o seu perdão Pois a noite é uma princesa caída por mim No lago do peito secreta solidão Eu me lembro de lugares, de pessoas que eu freqüentei, Cenas que eu vivi, filmes que eu já filmei Minha única escolha é ser sincero Eu canto donas de castelos Mas não sou lobo louco não Eu brinco de polichinelo com o bobo coração Mil e um palácios de areia, noites de sereia Eu ouço o som de uma nota só Despedaçado entre a tempestade, a vontade e os sonhos Nos subúrbios da alma Eu sou marinheiro que navega com a lua A paisagem é o meu desejo Eu preciso do outono, eu preciso de um beijo Eu preciso me desfazer De todas as certezas e te cuidar Sem impor nenhuma condição Nao quero o seu perdao Porque eu só quero o mar, meu mar Meu mar, Minha lua E essa lua É amar Só você