No sertão da minha terra Fazenda é o camarada que ao chão se deu Fez a obrigação com força Parece até que tudo aquilo ali é seu Só poder sentar no morro E ver tudo verdinho, lindo a crescer Orgulhoso camarada De viola em vez de enxada Filho do branco e do preto Correndo pela estrada atrás de passarinho Pela plantação adentro Crescendo os dois meninos, sempre pequeninos Peixe bom dá no riacho De água tão limpinha, dá pro fundo ver Orgulhoso camarada Conta histórias prá moçada Filho do senhor vai embora Tempo de estudos na cidade grande Parte, tem os olhos tristes Deixando o companheiro na estação distante „Não esqueça, amigo, eu vou voltar!" Some longe o trenzinho ao deus-dará Quando volta já é outro, Trouxe até sinhá mocinha prá apresentar Linda como a luz da lua Que em lugar nenhum rebrilha como lá Já tem nome de doutor, E agora na fazenda é quem vai mandar E seu velho camarada, Já não brinca mais – trabalha . . .