Quando eu não tinha o olhar lacrimoso, Que hoje eu trago e tenho; Quando adoçava meu pranto e meu sono, No bagaço de cana do engenho; Quando eu ganhava esse mundo de meu Deus, Fazendo eu mesmo o meu caminho, Por entre as fileiras do milho verde Que ondeia, com saudade do verde marinho: Eu era alegre como um rio, Um bicho, um bando de pardais; Como um galo, quando havia... Quando havia galos, noites e quintais. Mas veio o tempo negro e, à força, fez comigo O mal que a força sempre faz. Não sou feliz, mas não sou mudo: Hoje eu canto muito mais