Ela sente a solidão do oitavo andar Todo dia à hora triste do jantar Só um copo, só um prato E ao lado um só talher Tudo é um em seu pequeno mundo De mulher Surge a esperança na vida Ela que dança e convida alguém Ao elevador do oitavo andar Pro primeiro amor do oitavo andar Ela e ele qualquer Ela duela o pranto do amor Com ele qualquer Desce e se esquece no elevador Com ele qualquer Ela lembra a vida do interior Ela na varanda espera seus irmãos Mesa posta, luz de velas, canções Ela brinca de princesa E vem o carnaval Passa a Páscoa em paz consigo, no quintal Os dias frios de junho As rendas brancas nos punhos, balões E um dia no teatro do local Ela é a virgem no presépio de Natal Ela e um dia qualquer É na varanda, Páscoa, Natal Com um ele qualquer Ela duela o pranto do amor Sozinha outra vez No oitavo andar onde tudo é um