É onde escuto agora a própria casa Sou eu que escrevo agora este poema Já onde estou agora nada espero Ouço o som que vem de estar aqui lembrando Isto que sou agora mesmo esperando É onde escuto agora a própria casa É onde eu pouso a mão na terra calma Ouvindo quantos anos já vivi Mas não aqui nem além, agora só Num tempo em que não sou mais que este estar Passando sem passar neste deserto É onde pouso a mão na terra calma É onde agora ninguém me vem chamar E outra luta prossegue imponderável O tempo vai chegar mas eu aqui passei Ou algo em mim passou quando o final chegar Deste sem fim que escuto e oiço o seu passar É onde escuto agora a própria casa