Meu roseiral Há uma rosa que floriu de manhã No pedestal Há um símbolo duma imagem pagã Ponho o meu som A fluír nos horizontes de mim Sobe de tom Esta voz que me anuncia o meu fim Vou sendo assim tal e qual a natrureza me fez Até que um dia perdido de vez Eu vá deixar de sonhar; Vou sendo assim, um peão que julga ser defensor Num xadrês, onde ser peça menor Nunca me deu que pensar, desde que eu possa sonhar Os anos são Duas asas a bater sem cessar P'ra onde vão P'ra algures donde não podem voltar Algo de mim Reclama a eternidade do ser Génio ruím Que me ganhou na ilusão de me perder