No lixo dos quintais Na mesa do café No amor dos carnavais Na mão, no pé Tu estás, tu estás No tapa e no perdão No ódio e na oração Teu nome é Iemanjá E é Virgem Maria É Glória e é Cecília Na noite fria Minha mãe Minha filha Tu és qualquer mulher Mulher em qualquer dia Bastou o teu olhar Pra me calar a voz De onde está você Rogai por nós Minha mãe, minha mãe Me ensina a segurar a barra De te amar Não estou cantando só Cantamos todos nós Mas cada um nasceu Com a sua voz Pra dizer, pra falar De forma diferente O que todo mundo sente Segura a minha mão Quando ela fraquejar E não deixe a solidão Me assustar Minha mãe, nossa mãe Que mata minha fome Nas letras do teu nome Minha mãe, nossa mãe Que mata minha fome Na glória do teu nome Minha mãe, nossa mãe Que mata minha fome Na glória do teu nome