Quando me perco Busco um abrigo Ou um tecto que não tolha os meus sentidos E se o teu céu, por ser maior, Cobrir o pranto? Eu vou! Quando me peco Sigo uma estrela Que não brilha igual Em todo o firmamento. E se cair para lá das ilhas encantadas? Eu vou! Se o teu nome não fosse O do pecado, Ou da benção que o céu Hoje me deu, Nem por montes, Nem por mares Onde o sol nunca nasceu, Perderia o rasto De um sorriso teu! Quando me perco Sigo uma voz Que me chama bem do fundo Das certezas. Mesmo que chegue Como um canto de sereia? Eu vou ! Quando me perco Ou se me encontro, Ou se me der para ser banal Tal como agora, Tudo não passa Da vontade de dizer? Eu estou !