Havia tanto pra lhe contar A natureza Mudava a forma o estado e o lugar Era absurdo Havia tanto pra lhe mostrar Era tão belo Mas olhe agora o estrago em que está Tapetes fartos de folhas e flores O chão do mundo se varre aqui Essa idéia do natural ser sujo Do inorgânico não se faz Destruição é reflexo do humano Se a ambição desumana o Ser Essa imagem de infértil deserto Nunca pensei que chegasse aqui Auto-destrutivos, Falsas vitimas nocivas? Havia tanto pra aproveitar Sem poderio Tantas histórias, tantos sabores Capins dourados Havia tanto pra respirar Era tão fino Naqueles rios a gente banhava Desmatam tudo e reclamam do tempo Que ironia conflitante ser Desequilíbrio que alimenta as pragas Alterado grão, alterado pão Sujamos rios, dependemos das águas Tanto faz os meios violentos Luxúria é ética do perverso vivo Morto por dinheiro Cores, tantas cores Tais belezas Foram-se Versos e estrelas Tantas fadas que eu não vi Falsos bens, progresso? Com a mãe, ingratidão Deram o galinheiro Pra raposa vigiar