Esta voz que me atravessa Sem que eu queira, sem que eu peça Não mora dentro de mim Vive na sombra a meu lado Dando ao meu fado outro fado Que me faz cantar assim Trago cravado no peito Um resto de amor desfeito Que quando eu canto me dói Que me deixa a voz em ferida Pelo pranto de outra vida Que eu não sei que vida foi E quando canto há quem diga Que esta voz de rapariga É mais antiga do que eu Estava aqui à minha espera Não morreu com a Severa Quando a Severa morreu! Estava aqui à minha espera Não morreu com a Severa Quando a Severa morreu